quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Observação.

Se é sempre rápida e frenética 
a gente corre junto e não observa;
Pare enquanto ela passa e aproveite,
repare em cada detalhe dos momentos destorcidos,
seja franco, sincero, opine e desopine.
Nada fará total sentido.
Seja educado, xingue!
Seja humilde, mas saiba humilhar,
Qual a vergonha de ser um humano comum?
Quem é alguém pra julgar?
A vida leva tudo de nós,
não levamos nada dela,
só desfilamos vislumbrantes por suas passarelas;
desça do salto,
fique a vontade,
seja o que você quer ser,
não queira representar sua idade;
Maturidade é sinceridade,
está longe de sensatez;
o relógio anda e para quando eu mando,
cada um tem sua vez.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Nada.

Ostentamos um mundo vazio,
um mundo cheio de nada,
que pesa a cada parada,
abandonamos tudo pra ir atrás, 
abandonamos todos em busca de paz,
que se resume a nada;
pegamos nossas antigas tralhas,
nos rendemos,
aprendemos e assim vivemos,
mudando de opinião,
sendo levados pela ocasião,
no meio do vazio cheio de tanto nada,
como água parada,
nos fixamos, contemplamos e percebemos
que o nada é tudo e que o tudo se emprega a que temos,
que paz reside em nós,
que a recarregamos a sós
e a liberamos em meio ao caos;
somos nadas pra tantos e tantos pra nada, 
atravessamos o rio muitas vezes em busca de água,
tirem a ponte de lá,
façamos do nada algo maior,
o nada é algo, é pesado, 
reside em todos no presente, futuro e passado,
o nada é você tentando apenas ser, 
o nada são os outros tentando entender,
o nada reflete a solene beleza do mundo, 
a simples ironia de ser tudo sendo nada.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Eu quero o Caos!



Vendo o cotidiano lá fora
a sensação aumenta e simplesmente vai,
a população se iguala cada vez mais,
mas hoje realmente tanto faz.

Revolta sem causa,

revolução sem resultado,
todos por injúria teimam,
andam por moda descalços.

Uma causa pra lutar, uma causa para amar;

o importante hoje em dia se baseia na injúria
e os revoltosos sem causa teimam em apenas julgar.

Revoluções online, hoje assim que tudo é

sem um pingo de suor, sangue na cara 
lutar pra que? paradigmas? 
são levados na maré.

as pessoas querem paz

e eu digo quero mais
eu quero o caos! 
eu quero o caos!
eu quero o caos e só!
caos por melhoras, caos por vitórias,
caos por amor, caos contra a dor,
caos com motivo, caos com razão.
Porque essa revolução online
não há baixas,
não há causas e
muito menos perdão.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Selva.

A selva encanta pela periculosidade
você se excita, se irrita
se encontra em meio a loucura da cidade
o amor aqui é reflexão, raridade
o amor aqui reflete criminalidade.
Pão por pão, dente por dente
tem gente que só assim se mantém gente.
São Paulo, um excesso de tudo,no fim é nada,
São Paulo é linda, odiada, sem vida, amada.

sábado, 11 de maio de 2013

Água.


As águas passam, correm, trazem sorrisos
As águas levam, arrasam, se enfurecem
As águas caem, sobem, se agrupam
As águas são inconstantes, são fumaça
gelo, névoa, neve, água.

Nós somos água, incostantemente mutações,

um acúmulo de consequências geradas
inconsequentemente ou não por ações,
estas tomadas por nós,
decididas a sós,
influenciados por ventos,
geradas em inoportunos momentos
formando simples seres tão complexos
indecisos, precisos, constantemente mutantes como nós.

Parágrafo.



' São tantos casos e descasos da vida
que cansam ou dão mais vontade de viver,
enquanto posso ver como sofrida
a insanidade insiste em me convencer
em querer mais e amar mais,
em errar mais e arriscar mais,
em acertar e comemorar,
de sentir, de chorar,
de morrer e renascer,
me recuso a todo instante de ter medo de viver.'